A palestra “Trabalho e Formação Docente na Educação Profissional e Tecnológica”, ministrada por Lucília Regina de Souza Machado, doutora em Educação, História, Política e Sociedade pela PUC-SP, no 1º Seminário de Alinhamento Conceitual do Prof EPT
A Profª Lucília apresentou muitos temas que se
entrelaçaram em torno da Educação
Profissional e Tecnológica (EPT), entre os quais, identifico alguns que me
provocaram a conversar a respeito: Desafios na formação de
pesquisadores na EPT.
Preliminarmente, o ProfEpt estabeleceu um marco na pesquisa
educacional sobre a EPT. Isso porque há uma enorme carência de conhecimentos sobre
esse campo educacional, embora reconhecendo os vários estudos acumulados na
história da EPT.
É sobres algumas dessas lacunas que a Profª apontou em sua
palestra que vou destacar aqui: os números da EPT.
Ela destacou a ausência de números em alguns dos tipos de
oferta, o que consequentemente acarreta carência de estudos em determinada
área. Falou mesmo de metodologias de contagem divergentes entre o INEP e o IBGE,
os dois maiores e mais importantes institutos de pesquisa do país. Para mim,
isso é grave. Como fazer política pública sem seus números?
E A CONVERSA RENDEU!!!
ResponderExcluirPalma Castro 6 de nov.
Concordo com você. Pensar em políticas públicas para a EPT exige indicadores que permitam traduzir, de forma mensurável, as principais questões que constituem o ensino profissional e técnico no Brasil. A partir destes números seria possível planejar, organizar, monitorar e avaliar muitos dos aspectos levantados pele professora Lucília, tais como: financiamento da EPT, padrão de qualidade dos cursos, taxas de permanência e evasão, perfil dos ofertantes da EPT (agências, ONG, movimentos sociais...).
Abu Kerk 7 de nov.
Trata-se de um grave problema para as políticas e os estudos da EPT, pois no INEP, por exemplo, os 2 Censos não compartilham da mesma metodologia de contagem nem de classificação. As datas de referência, a forma de coleta e as redes de atores envolvidos são diferentes. E como a EPT transversaliza a educação básica e a superior não podemos obter um número...
Igor De Oliveira Melo Borges 10 de nov.
Ana e Palma acho interessante que a EPT no Brasil não é totalmente nova, o formato da Rede Federal que é o novo e unificou boa parte das escolas já existentes, porém antes já existiam os CEFET's. Fico pensando onde estavam esses dados, como eles eram administrados quando eram apenas papeis e o que mais me preocupa, quantas e quantas informações foram perdidas com o tempo que poderiam ser utilizadas para embasar todas as questões que a Palma levanta nos comentários anteriores. Dados não são nada sem um sentido atribuído.
JOAO ALENCAR 10 de nov.
A falta de uma política adequada da gestão da informação no Brasil talvez seja um dos problemas mais graves e silenciosos que entravam o nosso desenvolvimento. Em parte este problema decorre da falta de estrutura e conhecimento pelos diversos órgão públicos, em parte da conveniência política da imprecisão dos números que permite a escolha ou rejeição deste ou daquele, como por exemplo INEP ou IBGE, ou mesmo a desqualificação dos Institutos especializados quando os números não são favoráveis as circunstâncias políticas, como pudemos observar ao longo do ano corrente.
Abu Kerk 10 de nov.
Pois é ... Existe o Sistema Estatístico Nacional, no qual cabe ao IBGE a produção direta de informações e a coordenação, a orientação e o desenvolvimento, em todo o território nacional, das atividades técnicas por ele compreendidas.
Deveria haver uma coordenação mais efetiva da produção estatística nacional, contudo, ela deixa muito a desejar, como vimos nesses poucos exemplos que citamos.
Além disso, o Brasil é complexo e diverso o bastante para tornar essa coordenação um grande desafio.
Mas prosseguir sem coordenar nossos dados é "uma trilha perdida no escuro". Nesse universo da RedeFederal, temos a Plataforma Nilo Peçanha, uma iniciativa de 2018! Mas e a oferta estadual? E a Municipal? E a privada? Essa coordenação é urgente. Um Censo educacional da EPT mais ainda.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1970-1979/L6183.htm
Guardei a conversa AQUI.
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