quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Palestra “Trabalho e Formação Docente na Educação Profissional e Tecnológica”.



A palestra “Trabalho e Formação Docente na Educação Profissional e Tecnológica”, ministrada por Lucília Regina de Souza Machado, doutora em Educação, História, Política e Sociedade pela PUC-SP, no 1º Seminário de Alinhamento Conceitual do Prof EPT

A Profª Lucília apresentou muitos temas que se entrelaçaram em torno da Educação Profissional e Tecnológica (EPT), entre os quais, identifico alguns que me provocaram a conversar a respeito: Desafios na formação de pesquisadores na EPT.

Preliminarmente, o ProfEpt estabeleceu um marco na pesquisa educacional sobre a EPT. Isso porque há uma enorme carência de conhecimentos sobre esse campo educacional, embora reconhecendo os vários estudos acumulados na história da EPT.

É sobres algumas dessas lacunas que a Profª apontou em sua palestra que vou destacar aqui: os números da EPT.

Ela destacou a ausência de números em alguns dos tipos de oferta, o que consequentemente acarreta carência de estudos em determinada área. Falou mesmo de metodologias de contagem divergentes entre o INEP e o IBGE, os dois maiores e mais importantes institutos de pesquisa do país. Para mim, isso é grave. Como fazer política pública sem seus números?

2 comentários:

  1. E A CONVERSA RENDEU!!!
    Palma Castro 6 de nov.
    Concordo com você. Pensar em políticas públicas para a EPT exige indicadores que permitam traduzir, de forma mensurável, as principais questões que constituem o ensino profissional e técnico no Brasil. A partir destes números seria possível planejar, organizar, monitorar e avaliar muitos dos aspectos levantados pele professora Lucília, tais como: financiamento da EPT, padrão de qualidade dos cursos, taxas de permanência e evasão, perfil dos ofertantes da EPT (agências, ONG, movimentos sociais...).

    Abu Kerk 7 de nov.
    Trata-se de um grave problema para as políticas e os estudos da EPT, pois no INEP, por exemplo, os 2 Censos não compartilham da mesma metodologia de contagem nem de classificação. As datas de referência, a forma de coleta e as redes de atores envolvidos são diferentes. E como a EPT transversaliza a educação básica e a superior não podemos obter um número...

    Igor De Oliveira Melo Borges 10 de nov.
    Ana e Palma acho interessante que a EPT no Brasil não é totalmente nova, o formato da Rede Federal que é o novo e unificou boa parte das escolas já existentes, porém antes já existiam os CEFET's. Fico pensando onde estavam esses dados, como eles eram administrados quando eram apenas papeis e o que mais me preocupa, quantas e quantas informações foram perdidas com o tempo que poderiam ser utilizadas para embasar todas as questões que a Palma levanta nos comentários anteriores. Dados não são nada sem um sentido atribuído.

    JOAO ALENCAR 10 de nov.
    A falta de uma política adequada da gestão da informação no Brasil talvez seja um dos problemas mais graves e silenciosos que entravam o nosso desenvolvimento. Em parte este problema decorre da falta de estrutura e conhecimento pelos diversos órgão públicos, em parte da conveniência política da imprecisão dos números que permite a escolha ou rejeição deste ou daquele, como por exemplo INEP ou IBGE, ou mesmo a desqualificação dos Institutos especializados quando os números não são favoráveis as circunstâncias políticas, como pudemos observar ao longo do ano corrente.

    Abu Kerk 10 de nov.
    Pois é ... Existe o Sistema Estatístico Nacional, no qual cabe ao IBGE a produção direta de informações e a coordenação, a orientação e o desenvolvimento, em todo o território nacional, das atividades técnicas por ele compreendidas.
    Deveria haver uma coordenação mais efetiva da produção estatística nacional, contudo, ela deixa muito a desejar, como vimos nesses poucos exemplos que citamos.
    Além disso, o Brasil é complexo e diverso o bastante para tornar essa coordenação um grande desafio.
    Mas prosseguir sem coordenar nossos dados é "uma trilha perdida no escuro". Nesse universo da RedeFederal, temos a Plataforma Nilo Peçanha, uma iniciativa de 2018! Mas e a oferta estadual? E a Municipal? E a privada? Essa coordenação é urgente. Um Censo educacional da EPT mais ainda.
    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1970-1979/L6183.htm

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